Desenvolvimento móvel nativo e desenvolvimento móvel híbrido são duas formas de criar aplicativos para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, dependendo do objetivo, do público-alvo e do orçamento do projeto.
Um aplicativo nativo é aquele que é desenvolvido especificamente para uma plataforma ou sistema operacional, como Android ou iOS. Isso significa que ele usa a linguagem de programação, as ferramentas e os recursos nativos da plataforma, como a interface gráfica, os sensores, a câmera, o GPS, etc. Um aplicativo nativo pode oferecer uma melhor experiência de usuário, um maior desempenho e uma maior integração com o dispositivo.
No entanto, um aplicativo nativo também tem algumas desvantagens. Ele requer mais tempo e custo de desenvolvimento, pois é preciso criar um código diferente para cada plataforma. Além disso, ele depende da aprovação das lojas de aplicativos, como a Google Play ou a App Store, para ser distribuído e atualizado. E ele pode ter problemas de compatibilidade com diferentes versões ou modelos de dispositivos.
Um aplicativo híbrido é aquele que é desenvolvido usando linguagens web, como HTML, CSS e JavaScript, ou frameworks específicos, como Flutter ou React Native, e que roda dentro de um navegador ou de um contêiner nativo. Isso significa que ele pode ser executado em várias plataformas com o mesmo código, sem precisar de adaptações específicas. Um aplicativo híbrido pode reduzir o tempo e o custo de desenvolvimento, pois aproveita o conhecimento e as ferramentas já existentes na web ou nos frameworks. Além disso, ele pode ser distribuído e atualizado mais facilmente, sem depender das lojas de aplicativos no caso do Android e também PWA até mesmo porque o Safari no macOS também irá aceitar instalação e receber notificações.
No entanto, um aplicativo híbrido também tem algumas desvantagens. Ele pode ter uma menor qualidade gráfica, um menor desempenho e uma menor integração com o dispositivo do que um aplicativo nativo. Ele também pode ter problemas de segurança, de usabilidade e de acesso a alguns recursos nativos.
Flutter e React Native são dois exemplos de frameworks para desenvolvimento móvel híbrido. Eles permitem criar aplicativos para Android e iOS com uma única base de código, usando linguagens diferentes das nativas. Flutter é um framework criado pela Google que usa a linguagem Dart. React Native é um framework criado pelo Facebook que usa a linguagem JavaScript.
Ambos os frameworks têm suas vantagens e desvantagens em relação ao desenvolvimento móvel nativo. Eles facilitam o desenvolvimento multiplataforma, reduzem o tempo e o custo de desenvolvimento, permitem o uso de componentes visuais personalizados e oferecem uma boa performance. No entanto, eles também exigem uma curva de aprendizado das linguagens e ferramentas envolvidas, podem ter problemas de compatibilidade com alguns recursos nativos ou bibliotecas externas e podem ter dificuldades para seguir as diretrizes de design de cada plataforma.
Portanto, a escolha entre desenvolvimento móvel nativo e desenvolvimento móvel híbrido com Flutter ou React Native depende de vários fatores, como o tipo de aplicativo, o público-alvo, o orçamento, o prazo e as funcionalidades desejadas. Não há uma resposta única ou definitiva para essa questão. O ideal é analisar cada caso com cuidado e comparar as vantagens e desvantagens de cada opção.
No quesito nativo temos dois concorrentes iOS e Android e aqui temos algumas informações sobre eles.
Android e iOS são os dois sistemas operacionais mais populares e usados para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Eles têm muitas semelhanças, mas também muitas diferenças, que podem influenciar na sua escolha entre um ou outro.
Uma das principais diferenças entre Android e iOS é o modelo de desenvolvimento e distribuição. Android é um sistema operacional de código aberto, desenvolvido pela Google, que permite que qualquer pessoa possa baixar, modificar e usar o software gratuitamente. Isso também significa que há uma maior variedade de dispositivos, fabricantes e preços que usam Android, mas também uma maior fragmentação e desigualdade entre eles
iOS é um sistema operacional de código fechado, desenvolvido pela Apple, que só pode ser usado nos dispositivos da própria marca, como iPhone, iPad e iPod Touch. Isso significa que há uma menor variedade de dispositivos, fabricantes e preços que usam iOS, mas também uma maior consistência e qualidade entre eles.
Outra diferença importante entre Android e iOS é o nível de personalização e controle que cada um oferece ao usuário. Android permite uma maior personalização e customização do sistema operacional, dos aplicativos e da interface gráfica, mas também uma maior complexidade e risco de erros ou problemas. O usuário pode alterar desde o papel de parede até a ROM do dispositivo, passando por widgets, launchers, temas e muito mais
iOS permite uma menor personalização e customização do sistema operacional, dos aplicativos e da interface gráfica, mas também uma maior facilidade e segurança de uso. O usuário pode alterar apenas algumas configurações básicas, como o plano de fundo, os ícones e os sons, mas não pode modificar o sistema operacional ou os aplicativos sem fazer jailbreak
Uma terceira diferença relevante entre Android e iOS é a integração e a compatibilidade com outros dispositivos e serviços. Android tem uma maior integração e compatibilidade com dispositivos e serviços de diferentes marcas, mas também uma maior concorrência e instabilidade entre eles. O usuário pode se conectar com outros dispositivos Android ou não, usando tecnologias como Bluetooth, NFC ou Wi-Fi Direct, e usar serviços compartilhados ou exclusivos da Google ou de outras empresas.
iOS tem uma menor integração e compatibilidade com dispositivos e serviços de diferentes marcas, mas também uma maior fidelidade e estabilidade entre eles. O usuário pode se conectar com outros dispositivos Apple ou não, usando tecnologias como AirDrop, AirPlay ou Continuity, e usar serviços exclusivos ou compartilhados da Apple ou de outras empresas .
Portanto, a escolha entre Android ou iOS depende de vários fatores, como o seu orçamento, o seu perfil de consumo, o seu nível de conhecimento e interesse em tecnologia e personalização, o seu objetivo em relação à integração e à compatibilidade com outros dispositivos e serviços, entre outros. Não há uma resposta única ou definitiva para essa questão. O ideal é analisar cada caso com cuidado e comparar as vantagens e desvantagens de cada opção.
Vantagens e desvantagens do Android:
Android é o sistema operacional mais utilizado no Brasil e no mundo, presente em uma grande variedade de dispositivos móveis, como smartphones e tablets. O Android é um sistema baseado no código Linux que possui licença aberta, permitindo que vários desenvolvedores possam contribuir para o seu aprimoramento. O Android também oferece uma grande liberdade de customização, uma grande variedade de aplicativos e uma maior integração com os serviços do Google.
No entanto, como todo sistema, o Android também possui algumas desvantagens que podem incomodar os usuários, tais como:
- Falta de padronização: O Android é adotado por diversas fabricantes, que podem alterar o design e a interface do sistema de acordo com as suas preferências. Isso pode gerar inconsistências e confusões entre os usuários, que precisam se adaptar a diferentes versões do Android.
- Falta de otimização: O Android precisa rodar em uma grande variedade de dispositivos, com diferentes especificações de hardware. Isso pode afetar a performance e a estabilidade do sistema, que pode apresentar lentidão, travamentos ou bugs em alguns aparelhos.
- Fragmentação: O Android recebe atualizações periódicas do Google, que trazem novas funcionalidades e correções de segurança. No entanto, nem todos os dispositivos recebem essas atualizações ao mesmo tempo, ou mesmo as recebem. Isso depende da fabricante e da operadora, que podem demorar ou não liberar as atualizações para os seus aparelhos. Isso gera uma fragmentação do sistema, que pode deixar alguns usuários sem acesso às novidades ou vulneráveis a ataques.
- Consumo de bateria: O Android possui um sistema multitarefa, que permite rodar vários aplicativos ao mesmo tempo. No entanto, isso também consome mais recursos do hardware, como memória e processador, e consequentemente mais bateria. Alguns aplicativos podem ficar rodando em segundo plano sem necessidade, drenando ainda mais a bateria do dispositivo.
- Aplicativos de má qualidade: O Android possui uma loja de aplicativos, a Google Play Store, que conta com mais de 1 milhão de apps disponíveis. No entanto, nem todos os aplicativos são de boa qualidade ou confiáveis. Alguns aplicativos podem ser repetidos, inúteis, mal feitos ou até mesmo maliciosos. O usuário precisa ter cuidado e atenção ao baixar e instalar os aplicativos no seu dispositivo.
Portanto, o Android é um sistema operacional que possui vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas pelos usuários na hora de escolher um dispositivo móvel. O Android é um sistema versátil, flexível e popular, mas também pode apresentar problemas de desempenho, atualização, bateria e segurança.
Principais Conceitos do Funcionamento do Android:
Android é um sistema operacional baseado no núcleo Linux, projetado principalmente para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, que possuem tela sensível ao toque ou interface de usuário baseada na manipulação direta. O Android é desenvolvido por um consórcio de desenvolvedores conhecido como Open Handset Alliance, sendo o principal colaborador o Google.
O Android funciona ao gerenciar as atividades do dispositivo, oferecendo uma interface intuitiva e simples de utilizar. O Android garante uma boa experiência ao usuário, permitindo que ele acesse aplicativos, jogos, serviços, configurações e recursos do dispositivo de forma fácil e rápida.
O Android é composto por várias camadas, que podem ser divididas em quatro partes principais:
- Kernel Linux: É a camada mais baixa do Android, responsável por gerenciar os recursos do hardware, como memória, processador, bateria, câmera, sensores, etc. O kernel Linux também fornece os drivers necessários para que o sistema operacional possa se comunicar com os dispositivos.
- Bibliotecas e runtime: É a camada que fornece as bibliotecas e as máquinas virtuais que executam o código dos aplicativos. As bibliotecas incluem funções para gráficos, áudio, vídeo, banco de dados, segurança, web, etc. O runtime inclui a máquina virtual Dalvik ou ART, que converte o código dos aplicativos em instruções nativas para o processador.
- Framework de aplicativos: É a camada que fornece os componentes básicos para o desenvolvimento de aplicativos. O framework de aplicativos inclui serviços, gerenciadores e provedores que permitem aos aplicativos acessar e compartilhar dados, recursos e funcionalidades do sistema operacional. O framework de aplicativos também inclui a API do Android, que define as interfaces para os desenvolvedores usarem os componentes do framework.
- Aplicativos: É a camada mais alta do Android, onde ficam os aplicativos que o usuário pode instalar e usar no dispositivo. Os aplicativos podem ser nativos ou híbridos, dependendo da linguagem e da tecnologia usadas para desenvolvê-los. Os aplicativos nativos são escritos em Java ou Kotlin e usam a API do Android. Os aplicativos híbridos são escritos em HTML, CSS e JavaScript e usam frameworks como React Native ou Flutter.
Vantagens e Desvantagens do iOS:
Algumas das vantagens são:
- Facilidade de uso: O iOS possui uma interface simples e intuitiva, que facilita o uso e a navegação pelos aplicativos e recursos do sistema. O iOS não exige muita personalização ou configuração, e oferece uma experiência padronizada e consistente em todos os dispositivos.
- Performance: O iOS é um sistema otimizado para os dispositivos da Apple, que oferece uma alta velocidade e fluidez na execução dos aplicativos e processos. Além disso, o iOS possui um gerenciamento eficiente da bateria e da memória dos dispositivos.
- Segurança: O iOS é um sistema seguro, que protege os dados e a privacidade dos usuários. O iOS possui recursos como Touch ID, Face ID, Find My iPhone e criptografia de dados. Além disso, o iOS possui um controle rigoroso sobre os aplicativos disponíveis na App Store, evitando a instalação de aplicativos maliciosos ou nocivos.
Algumas das desvantagens são:
- Custo: O iOS é um sistema exclusivo dos dispositivos da Apple, que geralmente possuem um custo elevado em relação aos concorrentes. Além disso, o iOS não permite a expansão do armazenamento interno dos dispositivos, o que pode exigir a contratação de serviços de nuvem ou a troca de aparelho.
- Flexibilidade: O iOS é um sistema fechado, que não permite muita personalização ou modificação por parte dos usuários. O iOS também limita o acesso a alguns recursos ou funcionalidades específicas das plataformas nativas, exigindo o uso de soluções alternativas ou bibliotecas de terceiros.
- Compatibilidade: O iOS pode apresentar problemas de compatibilidade entre as versões do sistema ou entre os aplicativos. O iOS também pode demorar para se adaptar às novidades ou mudanças nas plataformas nativas.
Principais Conceitos do funcionamento do iOS:
iOS é o sistema operacional móvel da Apple, que pode ser encontrado no iPhone, iPad e iPod Touch. iOS é um software que controla as funções básicas dos dispositivos, como a tela inicial, a central de notificações, o teclado, o multitarefa, o controle de voz e outros. iOS também vem com vários aplicativos nativos da Apple, como Música, Podcasts, TV, Mapas, Notas, FaceTime, iBook, iTunes, Contatos, Livros, Safari, Siri e iCloud. Para baixar e instalar outros aplicativos compatíveis com iOS, é necessário usar a App Store.
Para entender como funciona o iOS, é preciso conhecer alguns conceitos e componentes que fazem parte do sistema. Vamos ver alguns deles a seguir:
- Kernel: O kernel é o núcleo do sistema operacional, que gerencia os recursos do dispositivo, como a memória, o processador, os dispositivos de entrada e saída e os processos em execução. O kernel do iOS é baseado no kernel do macOS (XNU), que por sua vez é baseado no kernel do Unix (Darwin).
- Frameworks: Os frameworks são conjuntos de bibliotecas e ferramentas que fornecem funcionalidades específicas para os aplicativos e o sistema. Por exemplo, o UIKit é um framework que fornece os elementos de interface de usuário para os aplicativos do iOS. Outros frameworks importantes são o Foundation, o Core Data, o Core Graphics e o Core Animation.
- APIs: As APIs (Application Programming Interfaces) são interfaces que permitem a comunicação entre os aplicativos e os frameworks ou entre os frameworks e o kernel. As APIs definem quais funções ou dados podem ser acessados ou modificados pelos aplicativos ou pelos frameworks. Por exemplo, a API do Core Location permite que os aplicativos acessem os dados de localização do dispositivo.
- Sandbox: O sandbox é um mecanismo de segurança que isola os aplicativos uns dos outros e do sistema operacional. Cada aplicativo tem seu próprio espaço de armazenamento e só pode acessar os recursos autorizados pelo sistema. Isso evita que um aplicativo malicioso ou defeituoso afete outros aplicativos ou o sistema.
- App Store: A App Store é a loja oficial de aplicativos para o iOS. A App Store oferece milhões de aplicativos gratuitos ou pagos para os usuários baixarem e instalarem em seus dispositivos. A App Store também possui um processo de revisão rigoroso para garantir a qualidade e a segurança dos aplicativos disponíveis.
Sobe híbrido temos hoje em dia dois principais Flutter e React Native.
Flutter e React Native são dois frameworks para desenvolvimento móvel híbrido, que permitem criar aplicativos para Android e iOS com uma única base de código, usando linguagens diferentes das nativas. Flutter é um framework criado pela Google que usa a linguagem Dart. React Native é um framework criado pelo Facebook que usa a linguagem JavaScript.
Ambos os frameworks têm suas vantagens e desvantagens em relação ao desenvolvimento móvel nativo. Eles facilitam o desenvolvimento multiplataforma, reduzem o tempo e o custo de desenvolvimento, permitem o uso de componentes visuais personalizados e oferecem uma boa performance No entanto, eles também exigem uma curva de aprendizado das linguagens e ferramentas envolvidas, podem ter problemas de compatibilidade com alguns recursos nativos ou bibliotecas externas e podem ter dificuldades para seguir as diretrizes de design de cada plataforma.
Uma das principais diferenças entre Flutter e React Native é o modelo de compilação e execução do código. Flutter compila o código Dart para código nativo, que pode ser executado diretamente pelo dispositivo, sem depender de uma ponte para se comunicar com os componentes nativos. Isso resulta em uma maior performance, uma menor dependência de bibliotecas externas e uma maior consistência entre as plataformas.
React Native executa o código JavaScript em uma máquina virtual, que precisa se comunicar com os componentes nativos através de uma ponte. Isso resulta em uma menor performance, uma maior dependência de bibliotecas externas e uma menor consistência entre as plataformas. No entanto, React Native também permite usar código nativo diretamente quando necessário, através de módulos nativos ou componentes nativos.
Outra diferença importante entre Flutter e React Native é o nível de personalização e padronização da interface gráfica. Flutter usa widgets próprios para criar a interface gráfica, que podem ser personalizados de acordo com a preferência do desenvolvedor. Isso permite criar interfaces únicas e criativas, mas também pode gerar inconsistências com o design de cada plataforma.
React Native usa componentes nativos para criar a interface gráfica, que seguem as diretrizes de cada plataforma. Isso permite criar interfaces mais padronizadas e integradas, mas também pode gerar problemas de compatibilidade ou atualização entre as plataformas. No entanto, React Native também permite usar componentes personalizados ou bibliotecas externas para criar interfaces mais customizadas.
Portanto, a escolha entre Flutter ou React Native depende de vários fatores, como o tipo de aplicativo, o público-alvo, o orçamento, o prazo e as funcionalidades desejadas. Não há uma resposta única ou definitiva para essa questão. O ideal é analisar cada caso com cuidado e comparar as vantagens e desvantagens de cada opção.
Vantagens e desvantagens do Flutter.
Assim como todo framework, Flutter tem suas vantagens e desvantagens.
Algumas das vantagens são:
- Desenvolvimento multiplataforma: Flutter permite criar aplicativos para Android, iOS, web e desktop com um único código base, economizando tempo e recursos.
- Desenvolvimento rápido: Flutter possui recursos como hot reload e hot restart, que permitem ver as alterações no código instantaneamente no aplicativo em execução, facilitando os testes e a depuração.
- Interface personalizada: Flutter oferece uma grande quantidade de widgets personalizáveis e componentes de interface, que possibilitam criar telas modernas e atrativas para os usuários.
Algumas das desvantagens são:
- Tamanho dos aplicativos: Flutter gera aplicativos maiores em comparação com outros frameworks, o que pode ser um problema para usuários com pouco espaço de armazenamento nos dispositivos.
- Curva de aprendizagem: Flutter utiliza a linguagem Dart, que pode ser um obstáculo para quem nunca utilizou ou está acostumado com outras linguagens de programação.
- Suporte limitado: Flutter é uma ferramenta relativamente nova e ainda está em desenvolvimento, o que significa que pode haver bugs, incompatibilidades ou falta de documentação em alguns casos.
Portanto, a escolha do Flutter depende do caso e das necessidades de cada projeto. É uma ferramenta indicada para quem busca criar aplicativos para múltiplas plataformas, com interfaces personalizadas e em um curto espaço de tempo.
Funcionamento do Flutter.
Ele usa a linguagem Dart como linguagem de programação, que minimiza a necessidade de uma ponte para executar o código. Dart usa uma compilação “ahead-of-time” que ajuda na comunicação com a respectiva plataforma, eliminando a necessidade de uma ponte JavaScript.
Flutter é composto por vários componentes, que podem ser divididos em quatro camadas principais:
- Camada da plataforma: É a camada que fornece uma casca (shell) que hospeda a máquina virtual (VM) do Dart. A casca é específica da plataforma, dando acesso às APIs nativas e hospedando o canvas relevante. Há também uma API de incorporação, se você quiser usar o Flutter como uma biblioteca, em vez de executar um aplicativo. As cascas também ajudam a fornecer comunicação com os IMEs relevantes (por exemplo, teclado) e os eventos do ciclo de vida da aplicação do sistema.
- Camada do motor: É a camada que fornece o tempo de execução do Dart, o Skia, os canais da plataforma e muito mais. Você pode ver mais do que o motor fornece no diagrama de arquitetura na Wiki do Flutter. O motor Flutter é executado dentro da casca da plataforma relevante.
- Camada do framework: É a camada mais relevante para o desenvolvedor do aplicativo. Ela contém tudo com o que você irá interagir ao desenvolver seu aplicativo. O framework Flutter vem com animação avançada, pintura e suporte a gestos, permitindo que qualquer widget que você criar se comporte como você quiser. Uma vez que a UI está completa e renderizada, ela irá se mover para o motor, para ser tratada.
- Camada dos widgets: É a camada que fornece os blocos de construção da sua interface de usuário. Flutter não tem controles ou componentes nativos. Flutter desenha a saída da UI em um canvas Skia. Isso reduz drasticamente a complexidade, pois Flutter só tem widgets. Widgets são controles de UI que você pode usar em seu aplicativo. Todo o seu aplicativo será composto por widgets sem estado ou com estado. Você terá um modelo de UI imutável, que você pode manter gerando conforme necessário e Flutter irá renderizá-lo para você.
Flutter funciona mais como um motor de jogo, do que um framework de aplicativo que você pode estar acostumado. A UI é construída e renderizada em um canvas Skia à medida que muda. Flutter atualiza a UI a 60fps e usa a GPU para a maior parte do trabalho. Enquanto isso não afeta como você constrói um aplicativo, é a razão pela qual a UI do Flutter será suave como manteiga. O código baseado em Dart do aplicativo continuará rodando via CPU e no thread especializado da UI, ao tocar em componentes relacionados à UI.
Vantagens e desvantagens do React Native.
Algumas das vantagens do React Native são:
- Desenvolvimento rápido: React Native permite reutilizar o mesmo código para as duas plataformas, economizando tempo e recursos. Além disso, React Native possui recursos como hot reload e hot refresh, que permitem ver as alterações no código instantaneamente no aplicativo em execução, facilitando os testes e a depuração.
- JavaScript: React Native utiliza JavaScript, uma das linguagens de programação mais populares e versáteis do mundo. Isso facilita a curva de aprendizagem para quem já conhece JavaScript ou outras linguagens semelhantes. Além disso, JavaScript possui uma grande comunidade e muitas bibliotecas e ferramentas disponíveis.
- React: React Native é baseado no React, uma biblioteca JavaScript para criar interfaces de usuário. React é uma das tecnologias mais usadas no desenvolvimento web, e possui conceitos como componentes, hooks e estado, que ajudam a criar interfaces reativas e modulares.
Algumas das desvantagens do React Native são:
- Performance: Apesar de oferecer uma experiência nativa, React Native ainda depende de uma ponte para se comunicar com os componentes nativos de cada plataforma. Isso pode gerar um custo de performance em alguns casos, especialmente se o aplicativo for muito complexo ou exigir muita interação com recursos nativos.
- Compatibilidade: React Native pode apresentar problemas de compatibilidade entre as plataformas ou entre as versões do framework. Isso pode exigir ajustes ou correções no código para garantir o funcionamento adequado do aplicativo em todos os cenários. Além disso, React Native pode demorar para se adaptar às novidades ou mudanças nas plataformas nativas.
- Suporte: React Native pode não oferecer suporte para alguns recursos ou funcionalidades específicas das plataformas nativas, exigindo o uso de soluções alternativas ou bibliotecas de terceiros.
Portanto, a escolha do React Native depende do caso e das necessidades de cada projeto. É uma ferramenta indicada para quem busca criar aplicativos com uma experiência nativa, mas com menos código e mais agilidade, utilizando JavaScript e React.
Funcionamento do React Native.
React Native é um framework para desenvolvimento móvel híbrido, que permite criar aplicativos para Android e iOS usando JavaScript e um conjunto de componentes que se mapeiam diretamente para os componentes nativos de UI de ambas as plataformas. Quando um desenvolvedor escreve código React Native, o código é traduzido para código nativo para a respectiva plataforma.
React Native funciona ao permitir que os desenvolvedores criem aplicativos usando threads JS que interpretam o código JavaScript, fazendo uma ponte nativa entre o aplicativo e a plataforma alvo. O conceito de ponte aproveita a biblioteca React e transfere a hierarquia dos componentes para a visão do dispositivo móvel.
React Native usa JSX, uma sintaxe que permite escrever elementos dentro do JavaScript, como por exemplo: <Text>Olá, eu sou seu gato!</Text>. Os elementos JSX são convertidos em componentes nativos pelo React Native, usando a ponte nativa. Por exemplo, o elemento <Text> é convertido em um componente TextView no Android e em um componente UILabel no iOS.
React Native também permite usar código nativo diretamente quando necessário, através de módulos nativos ou componentes nativos. Isso permite acessar recursos específicos de cada plataforma, como câmera, GPS, sensores, etc., que não estão disponíveis nos componentes padrão do React Native.
Portanto, React Native é uma forma eficiente e flexível de criar aplicativos multiplataforma usando JavaScript e componentes nativos. Ele combina o melhor dos dois mundos: a produtividade e a portabilidade do JavaScript com a performance e a experiência do usuário do nativo.
JSX e ponte nativa no React Native.
JSX é uma sintaxe que permite escrever elementos dentro do JavaScript, como por exemplo: <Text>Olá, eu sou seu gato!</Text>. Os elementos JSX são usados para descrever o que você quer ver na tela, de forma declarativa e intuitiva. JSX não é uma linguagem separada, mas uma extensão do JavaScript que é transformada em chamadas de funções do React.
Ponte nativa é um mecanismo que permite que o código JavaScript e o código nativo se comuniquem entre si. Sem a ponte nativa, não há como o código nativo enviar qualquer informação para o código JavaScript e vice-versa. A ponte nativa funciona ao executar o código JavaScript em uma máquina virtual, que precisa se comunicar com os componentes nativos através de uma ponte. A ponte é responsável por serializar e deserializar os dados entre os dois lados.
React Native usa JSX e ponte nativa para criar aplicativos multiplataforma usando JavaScript e componentes nativos. Quando um desenvolvedor escreve código React Native usando JSX, o código é traduzido para código nativo para a respectiva plataforma usando a ponte nativa. Por exemplo, o elemento <Text> é convertido em um componente TextView no Android e em um componente UILabel no iOS.
Qual escolher, nativo/híbrido, Flutter/React Native?
Nisso tudo existe um grande depende, depende do seu projeto, nível de seu conhecimento, do seu time, maturidade do seu time/empresa, e o que você quer atingir, além do tempo e custos.
Apenas não sugiro fazer uma mudança drástica em sua stack apenas para testar uma nova tecnologia por achar que ela pode prover algum avanço significativo sem um estudo e suporte para tal.
1